Tecnologia

Redes sociais aproximam pessoas, mas trazem riscos


Por Débora Andreatto, Eduardo de Oliveira e Marcela Mendes


Com os constantes avanços da tecnologia e a criação de programas de inclusão digital, o Brasil e o mundo vivem hoje o auge da era digital. Sites de redes sociais, como o Orkut, Twitter, Facebook, se difundiram rapidamente pelo país. É raro encontrar um jovem brasileiro que não possua uma conta em um site de relacionamento.


Nelas, as pessoas fazem novos amigos, encontram pessoas que não veem há anos, mantém contanto com parentes distantes, compartilham opiniões e se relacionam com outros usuários. É possível ainda deixar recados, estabelecer conversas e criar depoimentos, além de adicionar fotos e vídeos. Essas ferramentas, na maioria, das vezes servem para aproximar as pessoas.


A Internet tem feito grande diferença na vida dos brasileiros, o problema é que como tudo na vida, ela também tem seu lado ruim e atrai pessoas mal intencionadas.


Ao publicar fotos ou dados particulares em sua página, o usuário acaba se expondo e colocando toda a família em risco. Basta um click em seu perfil para saber qual o seu nível econômico, os lugares que costuma frequentar, quem são seus amigos, onde mora, trabalha e etc.


Os riscos das Redes Sociais


Em geral as redes de relacionamento são serviços eletrônicos hospedados em local desconhecido, acessível em qualquer parte do mundo por meio da Internet e com permissão para livre consulta ao perfil dos usuários. Não existe qualquer processo de identificação a partir de documentos legais reconhecidos no momento da criação de um perfil ou comunidade. Além disso, não há qualquer mecanismo eletrônico de proteção de prioridade das fotografias compartilhadas no ambiente.


Um dos perigos mais recorrentes é ter a senha descoberta, por tentativa ou grampo de teclado, permitindo o acesso as mensagens, fotos e comunidades. Por isso, antes de fazer parte da rede, é preciso conhecer bem os perigos associados a ela e tomar alguns cuidados para não cair em armadilhas.


Segundo o advogado, Bruno Wilson Bonini Gomes, se um desconhecido obtiver sua senha, ele poderá agir em seu nome, enviando mensagens, criando comunidades ou até mesmo cometendo crimes de apologia às drogas ou pedofilia, o que incidiria no crime de injúria real, com detenção de até um ano e meio ou multa. “A injúria abrange todas as formas de manifestação ofensiva à honra, assim como são os gestos, sons, palavras ou atribuição de qualidades negativas”.


Conforme o advogado há ainda o crime de falsidade ideológica, já que sem fortes processos de identificação nada impede que alguém crie um novo perfil em seu nome, utilizando suas fotos, dados pessoais e detalhes de sua vida.


Gomes alerta para algumas medidas que podem reduzir as chances de se tornar alvo fácil, como substituir senhas com certa periodicidade e evitar disponibilizar informações pessoais. Além disso, ele recomenda aos usuários que não informem telefones de contato, endereços, dados bancários ou números de documentos. Outra recomendação é evitar o uso de computadores compartilhados em lan houses ou acessos em rede.