Por Rogério Lopes e Mariana Gouveia
Quando uma pessoa adota uma cultura como estilo de vida, ela assume uma postura diante da sociedade, enfrenta barreiras, derruba tabus, sofre preconceitos e passa ser visto com outros olhos por muitas pessoas.
No entanto, fazer parte de um movimento, adotar uma conduta consciente e ter um estilo único de pensar e agir, é a maneira de mostrar a sua personalidade, lutar pelos seus sonhos e assumir atitude própria.
É exatamente isto que a cultura Hip Hop tenta transmitir para todos: um ideal de vida baseada na arte, no respeito e na atitude individual e coletiva. São crianças, jovens e adultos que encontraram na dança, na música e na maneira de agir, formas de educar, se divertir e até mesmo de se sustentar.
Lucas Bueno Ventura, de 15 anos, teve seu primeiro contato com o Hip Hop em 2007, através de um projeto social na igreja. A partir deste momento adotou a cultura como parte de sua vida. O B-Boy como é chamado, disse já ter sofrido certo preconceito, no entanto não desanimou, pelo contrário, encontrou no grafite uma forma de trabalho.
O jovem é integrante do grupo de dança “Rua de Fogo” de Presidente Prudente e já fez várias apresentações, mas sua primeira competição oficial será na cidade de Curitiba no mês de setembro. “Estamos ansiosos pela apresentação, queremos fazer o melhor”, afirma Lucas.
Nem ballet, jazz ou sapateado, “uma dança mais animada e dinâmica, diferente das outras”, é o que pensa Amanda Soprani, de 13 anos. Dançando há um ano e meio, achou no estilo uma forma de exercitar a saúde física e mental. De acordo com a jovem ainda existe muito preconceito em torno desta cultura. “O Hip Hop veio de uma área mais humilde, por isso existe esta discriminação”.
Mesmo enfrentando todos esses obstáculos a cultura Hip Hop une todas as classes, povos e credos em um único ideal, que é a expressão verdadeira do ser humano através da arte.
Veja o vídeo de uma apresentação de Hip Hop de Lucas Bueno
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