quarta-feira, 8 de setembro de 2010

“Jogadores jogam por eles, depois pela cidade”, diz Zago

Técnico diz que, como outros, almeja novos desafios.
Mas, quer dar o melhor no Prudente
Por Paulo Fernandes e Rodolfo Vendramini


O mais recente técnico do Grêmio Prudente, Antônio Carlos Zago, recebeu a equipe do Cesto de Notícias e respondeu às perguntas feitas pelos entrevistados da matéria anterior. Ele falou sobre seu trabalho no clube, compra e venda de jogadores, comentou a má situação no Campeonato Brasileiro e ainda falou sobre a polêmica do Grêmio Prudente permanecer ou não na cidade.


Ao ser questionado se o time joga por amor e pelo nome de Presidente Prudente, o treinador foi firme e direto. “Jogadores têm que jogar por eles. Porque são profissionais, acima de tudo isso, pela carreira que eles têm. Depois vem a questão da cidade”.


A entrevista ocorreu no último sábado (4), no campo da Encalso, em Presidente Prudente, onde o clube realizou seu último treino antes de viajar para Porto Alegre e enfrentar o Internacional no domingo (5). Partida em que o time prudentino perdeu de 2x0. Antônio Carlos atendeu toda a equipe técnica do clube, jornalistas de outros veículos de comunicação e depois conversou com a equipe do Cesto de Notícias com exclusividade.


Quanto aos planos do time ficar ou não em Prudente, o treinador não poupou fôlego ao dizer que isso é uma questão extremamente entre prefeitura e a diretoria do clube. Zago chamou a responsabilidade apenas para as questões técnicas do time. “Foi por isso que aceitei o convite de tentar fazer com que o Grêmio Prudente continue na série A do Campeonato Brasileiro. É lógico que todo mundo quer algo mais, mas é preciso estar com o pé no chão e saber dos limites que o time tem”, respondeu, reforçando que para ter melhores resultados e esperar se classificar para Libertadores da América, o Grêmio teria que ter começado o campeonato de outra forma.


Ao ser questionado se teria planos para permanecer no time, Zago revelou que almeja novos desafios para sua carreira. “Todo e qualquer treinador que está numa equipe média, uma equipe pequena, almeja algo maior. No Grêmio Prudente espero dar o meu melhor”. Em 15 partidas o time somou apenas 16 pontos. Para manter ou não o elenco, Antônio Carlos citou o calendário do futebol brasileiro, específico para venda e compra de jogadores. “As inscrições do calendário são abertas até do dia 25 de fevereiro. Então se o clube não fizer uma programação antes de um campeonato, ou no começo do ano, quando estiver no meio da competição não vai encontrar jogadores no mercado e ainda perde aqueles melhores”.


Durante a entrevista, Zago demonstrou tranquilidade, firmeza e paciência. Olhos atentos no campo, onde treinavam os jogadores, e ouvido ligado nas perguntas que eram feitas, uma delas chamou a atenção do treinador: Se há alguma estratégia em seu trabalho para que os jogadores entrem em campo por amor a Presidente Prudente. O técnico respondeu atentamente. “Não. Jogadores têm que jogar por eles. Porque são profissionais, acima de tudo isso, pela carreira que eles têm. Depois vem a questão da cidade”. O novo técnico prudentino destacou que a permanência dos jogadores no time, que leva o nome de Presidente Prudente já é uma prova que pensam no melhor para a cidade. “Se todos estão aqui é por que gostam da cidade também, principalmente os jogadores que chegaram depois que o ‘Grêmio Barueri’ estava em Presidente Prudente, e esse jogadores estão demonstrando em campo uma garra incrível, tentando fazer de tudo para sair desta situação incômoda”, apontou.


Como já esperado, Zago reforçou a vontade de ver o time novamente na Série A em 2011. “Acima de tudo é importante que eles [jogadores] continuem assim para que no próximo ano a equipe do Grêmio Prudente posso chegar no G4”.


Com a derrota para o internacional, no último domingo (5), o Grêmio Prudente caiu da 18ª para a 19ª colocação. O próximo desafio do “Abelha” é na quinta-feira (9), às 21h, diante do Avaí, no Prudentão.

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